A industrialização brasileira é tardia ou recente, pois
começa de fato só a partir do século XX, e, deve-se a fatores
histórico-geográficos externos, como as guerras mundiais e as crises econômicas
ocorridas.
O processo da industrialização de nosso país estabelece o
seguinte processo:
a.
Período
colonial: metrópole portuguesa não aceita a criação de manufaturas que devem ser
importados dos Estados Unidos e da Europa, principalmente da Inglaterra., mas,
em 1850 existiam duas fábricas de tecido, 10 de alimentos, duas de caixas e
caixões, cinco metalúrgicas e sete químicas.
b.
1865
a 1888: acontece o primeiro surto industrial financiado pelos cafeicultores,
principalmente no estado de São Paulo, aproveitando a abolição da escravatura e
da vinda de migrantes europeus (aumento do mercado consumidor e da mão de
obra), com o desenvolvimento da indústria têxtil, calçados, bebidas entre
outras.
c.
Século
XX: durante a Primeira Guerra Mundial as potências dirigem sua produção para a
indústria bélica, possibilitando ao Brasil (e outros países subdesenvolvidos) a
produzir bens necessários para seu mercado interno e alguma exportação até o
final do conflito.
A partir de 1919/1920 são
instaladas no país diversas empresas montadoras de veículos (Ford, Fiat,
Alfa-Romeu...)
De 1930 a 1953: com uma
forte política nacionalista Getúlio Vargas investe em estatais de
infraestrutura como o Conselho Nacional do Petróleo (1938), Cia Siderúrgica
Nacional (RJ) em 1941, Cia Vale do Rio Doce (1942) e a Petrobras (1953). Esta
política de industrialização, associada a um elevado êxodo rural causa o
aumento da urbanização do país, fazendo com que passe de um país agroexportador
a um país urbano-industrial.
Na década de 1950, o
Brasil passou por significativo desenvolvimento econômico, mas ainda
apresentava problemas para estabelecer novas instalações industriais, como a
falta de energia e a necessidade de melhoria dos meios de transportes para
atender à demanda da crescente economia. Também nesta década houve a expansão
de outras indústrias (artefatos de couro e borracha, material elétrico e
metalúrgica leve). Também nesta década Juscelino Kubitscheck instaurou uma
política desenvolvimentista (50 anos em 5) conhecida como Plano de Metas, que
se baseavam na ampliação da infraestrutura básica de geração, transmissão e
distribuição de energia elétrica e das rodovias que dependia de investimentos e
empréstimos obtidos do FMI e outras instituições internacionais. Essa
industrialização não proporcionou um verdadeiro crescimento econômico uma vez
que apenas permitiu e facilitou a entrada de empresas estrangeiras que remetiam
seus lucros para as matrizes em seus países de origem.
Na década de 1970
aconteceu o “milagre brasileiro” com o maior endividamento de nosso país. Nessa
época 75% das empresas do país concentravam-se no Sudeste, mas, começa um
processo de migração de indústrias para outras regiões do país, pois, há menos
impostos, salários mais baixos e menor pressão dos sindicatos, além da “guerra
fiscal” (disputa para quem vai cobrar menos impostos para empresas que vão
instalar-se nestes novos locais, além de oferecer infraestrutura, terrenos e
equipamentos públicos).
d.
Panorama
atual:
Apesar do Brasil ser
considerado um país industrializado, tornou-se uma economia frágil em razão da
dependência financeira e tecnológica perante as empresas transacionais
instaladas no país.
Com a desconcentração
industrial iniciada na década de 1970 e intensificado a partir da década de
1990, assim está distribuída a produção industrial no país:
Região Nordeste: a atividade industrial predominante
é a de bens de consumo (têxtil, alimentícia e de calçados) que utiliza a
numerosa e barata mão de obra, o estabelecimento de usinas siderúrgicas e o
Polo Industrial de Camaçari (BA)
Região Sudeste: Além de São Paulo, outro destaque é o
Rio de Janeiro, segundo estado mais industrializado do Brasil (principalmente
pela localização da Bacia de Campos – petróleo e o polo de metalurgia – Volta
Redonda). Minas Gerais possui grandes recursos minerais metálicos favorecendo a
instalação da siderurgia e metalurgia, além da eletrônica no sul do estado.
Espírito Santo é o estado menos industrializado da região.
Região Sul: apresenta o segundo mais valor gerado
pela indústria no Brasil. No Paraná as atividades são fortemente ligadas à
transformação de produtos agrícolas e comerciais. No Rio Grande do Sul
desçam-se as industriais alimentícias, calçados, tabagistas e petroquímicas. Em
Santa Catarina o destaque é para a indústria de transformação de plástico.
Região Norte: a industrialização ocorre praticamente
na Zona Franca de Manaus, composta de empresas responsáveis pela montagem de
aparelhos eletrônicos, motocicletas e de outros produtos.
Região Centro-Oeste: Goiás é o destaque industrial pela
agroindústria, farmacêutica e mineração.
Tecnopolos
A partir da
década de 1970, surgiu uma nova forma de organização espacial da indústria,
tanto em países desenvolvidos como subdesenvolvidos: os Tecnopolos, também
chamados no Brasil de Centros de Alta Tecnologia. Trata-se de polos que
concentram atividades industriais de alta tecnologia – como telecomunicações,
aeroespacial, informática e biotecnologia -, junto a universidades e centros de
pesquisa e desenvolvimento.
Os tecnopolos
recebem apoio de órgãos do governo e funcionam como verdadeiros centros de
produção de conhecimento e tecnologia. Alguns municípios brasileiros que se
caracterizam como tecnopolos são: Santa Maria (RS), Joinville (SC), Manaus
(AM), Campina Grande (PB), São Carlos (SP), Campinas (SP) e São José dos Campos
(SP).
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